quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cratera!


Pungir-me de ser o que em nada me trazes...diz-me desse ar que em segredo desnudas...colora-me a face do pedante olhar que...expurga o sentido desse velho retrato de família.

Desabito-me e eis que te enlevo no feixe do pôr...já não há sol.

Vem-me aqui, alia-te à batalha dos vencidos trovadores, discorre-lhes as palavras famintas de catárse e vela-te comigo no sorriso campestre dos cipestres em que...brinda-me. Picadora de mil fráguas onde brindamos, ambos, os sonhos...poetas e nadas. Sinónimos..significantes, significados, códigos da raíz e do medo...beijo em que...poder...dançar a valsa do "não sei explicar..."e perder-me em labirinticas veias...porque, sem querer, como dizê-lo?!?

Escorres-me.

Aspiras-me.

Sou-te.

assim!


Mulher, no lince o voo, na andorinha o passo.

Olha! o soldado já não parte para te entregar as rosas. A arma só lhe conta o que a florista extorquiu e eu...sabes?! esperava-as na bruma do aconchego...porque...salivo o que em janelas não espreito!

Diamante em bruto.


Há um compromisso de espera para o trajecto do ir. em vermelho me sinto, no perder-me em que...Fábulas! Conta-me aquela em que sorrio e canto. Conta-me aquela em que...Sugo-te! Pinta-me aquele quadro...o que sabes que sei que...Esculpe-me.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Desperta!!!


No púlpito do abraço ecoa uma mensagem: "canta-me o leito de flores secas, não murchas ainda. secas apenas!" regá-las seria, a certeza de um ser-se assim sem pressas nem medos, de um ser-se só porque se é...grito-me a sorte de saber-me aqui, nas pedras que sopro o vento dos meditativos improvisos! sorrio e sei-o bem! sem nadas! nada, nenhures...nadas. sou-me assim...e nem dás por isso...cada que passa e me encontra em nada me ressuscita da noite maldita onde este silêncio podre me dói!traz-me e não me basto! porque vens maldito?! gritar-me a certeza de estar aqui, quando só quero aos sonhos cantar a canção que embala o pranto do bébé chorão! canta-me as borboletas de outrora, os rios e os pássaros que me fizeram canção quando era miserávelmente feliz na inocência do ser. ser só assim...e digo-me que já dessa menina não ouvem meus sonhos falar...porque a Noite! esta Maldita e Esquizofrénica Noite me escorre os sentidos, desperta-me o estar e nem me deixa gritar...traz-me a mim...Acordada, terrivelmente acordada e não me deixa embalar o canto dos pássaros perdidos que já fui, outrora... vem sono maldito, abraçar-me por horas neste leito vazio...onde não caibo eu!