quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Heartbeats

One night to be confused
One night to speed up truth
We had a promise made
Four hats and then away
Both under influence
We had defensin
To know what to say
I need some razorblade
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
One night of magic rush
The star just simple touch
One night to push up stream
And then relieve
Ten days of perfect tunes
The colors red and blue
We had a promise made
We were in love
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
And you
You knew you had to fight different
And you
Kept us away with wolf teeths
Sharing different heartbeats
In one night
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough




José González

Arco-íris...


Vermes passeiam...gemem dentro de mim. Monstros que crescem na subjugação de sentidos. Podridão..fede. Secreções sentidas sem vida. Estar bem onde não estamos, querer ir onde não vamos...gerar em nós o que não queremos. Nódulo miserável que se apoderou do meu canto. Deixai-me cantar. Gritar. Para quê tornar mudo o canto de um ser que ama e vive, que sente e crê? Transpirar neste parto de angústia por um anfíbio fedorento! Partícula invisível. Sai.

Furo na cratera.
Rebentei. Explodi. Rasgo.
Furo na bola de sabão!


Natureza suprema que entre a chuva e o sol, o cinza e o azul, permites o mais belo rasgo de cor:
Arco-íris.


domingo, 2 de novembro de 2008

Requeijão com doce de abóbora



Espreito pelo negro cinza o corrimão do arquipélago. Avisto ao longe as várias ilhas de um só mar. Vazios de xisto em purpúrinas. Na boca, o branco estreme, no infinito a abóbora.

Teu cheiro ainda mora no canal Júlio Dinis mas já não sobe ao penúltimo andar.
Espreitamos pela mesma órbita e escolhemos a nossa ilha. Fotografei pelo alto do castelo (por onde agora espreitas), como que para não me esquecer!! Ridícula...como esquecer se qualquer miserável partícula do cérebro a pinta a ouro?!!!
-É aquela. Disse-te eu. - Quero morar ali.
Do outro lado do rio, para nós mar, falava-se espanhol.
Idiomei, ainda assim, que haveria de ser ali. Naquela. Naquele misto. A fusão de planície onde vagueias, neste instante, clama por minha montanha.

Tudo negro.
De cinza, num repente, se pintou o céu.
Hoje, dia de todos os defuntos, fui pôr flores á tua campa. Não via teu rosto, mas saboreava em mim a doce abóbora. Perfeita combinação. Genial fundição.

- É um requeijão com doce de abóbora, se faz favor!