sexta-feira, 10 de outubro de 2008

where is my mind?!!

procurando, a cada momento, a música perfeita...banda sonora para o filme de existir, hoje, agora...

Ohh, can't anybody see?!!!

Roads... (Portishead)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Hoje só por ser Outono!



Lembrei-me...é já Outono! Dispo-me e balanço entre gotas de um frio quente...

Hoje, só por ser Outono, deixo a letra desta música...

..." E há flores e há cores e há folhas no chão
que podem não voltar...
podes não voltar.
Mas é eterno em nós
e não vai sair...

Desce o tempo e a noite vem lembrar que as tuas mãos
também
já não são de nós para ficar

Por ser tanto quanto somos
Certo quando vemos
Calmo quando queremos
Hoje, só por ser Outono, vou..."

T.B

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Onda morninha...


Passeio sob a implantação da Républica onde cobardes com as sublimes mãos de veludo me acariciam a face! Nas guarnições de Lisboa a revolta foi instalada e a monarquia derrubada. Qual princesa, em castelo de areia a desfazer-se com a onda morninha e doce que eufemisticamente o destrói...

Hoje, são já oito de Outubro e a revolta proclamada deu lugar a uma canção de amor...A meus pés essa mesma onda - suave, morninha e doce - veio morrer. Translucida, parece confortavelmente suspirar... e dela brota o fonema que passa á sintaxe mais perfeita... Viver!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Só...


Lágrima...condimento dos olhos...tempera com o sal a limpidez da percepção..sabe bem prová-la..

God is an astronaut...no doubt!

Porque é que o caminho para casa é sempre o mais bonito?!

Porque é o único.





Fragile...

domingo, 5 de outubro de 2008

Estúpida (in)feliz!


Ouço o "The end" como banda sonora de uma história que não é a nossa.. Porque temi, porque não quis?! Ás vezes quero sair de mim e dançar outro corpo. " O Céu é tão grande!" A lua, em forma de queijo, embala o sufoco deste antagonismo rasgado. Em controversas palavras me movo, por sentir com amor tanto de tudo.

Não quero os sentidos, quero tua voz quente de novo...beijando o cansaço de uns braços prontos a recomeçar. A esperar por ti mesmo que não venhas. A preparar o coração para a tua chegada e blá blá blá...quero a tua poesia, as tuas palavras, quero a melodia quimera, teus negros olhos sendo dois beijos na alma, a outra face da lua...quero o zumbido do mosquitão catarrento...quero vestir-me de cor e deixar-me não conseguir cobrir o meu amor...

Porque não me permito, na lei da sobrevivência um nada e um tudo por um beijo teu?!
Tenho medo de te amar, porque o "The end" não era teu e Aladino fitava o abraço que dei..beijei. É dele o "The end", é minha a confusão, o turbilhão, a ilusão...

Quero parar os sentidos, gelar a sensibilidade do sonho que me leva a ti...sim, a ti. Aladino, neste momento, já não mora aqui...
Limpo as lentes e vejo a raio x, a certeza de amar e não amar o sangue que outrora por um punhal, correu em mim.

Renová-lo seria, se deixassemos, a vontade ensurdecedora de me encher de ti!
Canta.

Baby please go...

Já não durmo. Relativizo a questão crivando aqui meus antagonismos.




Olhos de azeitona, chamavas-me, porque amavas a sombra, o negro, o preto que havia em mim. Rasgaste-me a pele com um beijo de olhar roubado. Pintei-nos. Amaste. Vomitei-me. Amaste. Fui musa e serpente das palavras que beijavas, como eu. Teus versos alimentavam o suor da vida que fundimos em palavras. Mudas, caladas, beijadas, sentidas, dançadas.
Sugaste-me, destruíste em pedaços teus próprios versos. Em paisagens diferentes nos viamos, mas unia-nos a cor...o amor.
Tocava o "The end" por vezes "ôh..ôh..ôhôh ôh....baby please don't go" e dançavamos. Tocavas-me a anca e brindavamos com o nosso sangue, sabias ser mais do que um Romeu e Julieta.
Perguntavas-me sempre e tão romanticamente: " Morrias por mim?!"... em dois passos bailados ia buscar um punhal. Tua pele me secava...em mim deslizava e era , sempre, um: "Até ao fim"!

Poeta maldito de recados gravados a sangue em meu ventre...entraste, pensando nunca mais sair. Trancaste, lançaste fora a chave e juntos brindamos a rir!
Vimos diferente, vimos longe... cada segredo sussurrava o múrmurio de mim mesma, era eu, eras tu. Falavas e escutava-me. Dançava, eras tu que movias...
Nenhuma promessa em nós, tudo era certeza. Riscamos o ponto de interrogação e bebemos a emoção.

O punhal que nos matava por amor...matou-nos um a um, passo a passo sem saber. E agora, o poeta escritor, escreve a letras gordas o meu fúneral. Banal.

Meus olhos de azeitona, em negro, beijam teu rosto pintado. "Baby please...Go!"

Dancing with myself!!



em versão: visão multicolor! gosto do original..mas quero vê-lo a cores!

my state of misery!

Sinto-me mordaz no meu próprio sentir, por isso vou despir-me do vermelho fogo e vestir o tranparente com pedaços de real.

Já vivias no centro esquerdo mas resolvi fazer arrumações (aqui sou mordaz). A casa tinha pequenas poeiras que me provocaram asma. O sufoco rendeu-se mas suicidou-te primeiro. Não gosto de nada desarrumado mas vivo, no fundo, nesta desarrumação que me entorpece a alma. Saí. Fui desesperadamente procurar um supermercado que estivesse aberto...Não era necessário um hiper, bastava até a mercearia. Lixívia, ia comprar. Em qualquer local se arranja, pensei, mas preferia a do "branco mais branco não há". Percorri a avenida.Uff!!! Encontrei.


Achei ter ali a solução aquosa para resolver o meu problema de limpezas. Fui para casa, esfreguei, esfreguei, lavei-me toda com ela, raspei a pele já vi-a sangue, mas a sugidade não saía. Petrifiquei. O cheiro era insuportável. Fragilizei, fui-me deitar, entre tonturas pensei: Fui enganada. Esta lixívia não presta. Não funciona, não lava, não limpa. Peguei no frasco e pude ler: composto químico para limpeza e desinfecção de superfícies, muito utilizada como agente clareador. Possui excelente acção bacteriana. Dissolve substâncias orgânicas mortas.

Aqui percebi, na verdade não havia lixívia capaz de desinfectar, porque eu não queria limpar a superfície, de todo. Estava já no osso, na raíz, em cada víscera. E dissolver substâncias mortas era impraticável, porque tudo era, ali, vida em mim, cada célula, cada batida! Era suposto ser clareador...aclarar, limpar...

Tudo escuro, porém. Tudo negro...O meu centro esquerdo sangrava...dor insuportável de sentir.. Só queria clarificar-te em mim. Quem te mandou ir lá morar, cantar com tua voz esculpida a melodia quimera porque me apaixonei?! Ouço-te agora em voz muda e fria. Sim, foi bom, seria bom...


Tudo tretas, tudo a bosta de se viver sentindo tanto e tudo.
Sou eu quem não quero agora que mores aqui. Sai.

Esfrego de novo, não sais. Raspo, sai sangue, dói. Prefiro assim, arranco-te ao som da tua voz, agora fria, agora neve. Já não me beijas o sangue... e o meu estado é, realmente, miserável.

Nem vale a pena pesquisar, não há lixívia com componentes mais fortes.
Gosto tanto de ti....
Hesita, agora. Fica indeciso, confuso...sai do centro esquerdo.
Quem te mandou morar lá?! Pensava só ter aberto a janela, abri a porta. Entraste quase sem pedir licença, tu que te vestes, sempre, de boa educação. Perdeste as maneiras!?

Quero dormir e acordar feliz...da poeira, do sufoco, da mentira.

Sou feliz! Sou mesmo feliz! Menti-te tão bem, como pudeste acreditar em tais palavras?! Como não pudeste ver?! Não quiseste, talvez.

Saio. Pra comprar creme hidratante!