quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Saudade...

Não sei já das palavras...esta saudade de te ter aqui, neste pedaço de terra...corrói-me o pranto de te ver partir..flores...velas..cinzas...como podemos nunca mais falar?!
Como podemos nunca mais ficar em silêncio e ver-te abrir a boca para docemente me chamar" menina"?!
Recordo de sosláio a nossa despedida...bela tarde...........a jogar cartas! Será que essa jogada decidiu a tua partida?! Triste fatum o de não poder mais ver-te caminhar por entre os vivos! Sinto-te a alma...sorrio-te o abraço.
Quem sabe da saudade?! A que chamei eu saudade até aqui?! Saudade?! Saudade?! Saudade é esta coisa feroz, que agora sim me vive dentro.
Nunca neste vazio irá morar outro sangue amigo. Gemo a certeza de um dia nos reencontrarmos. Por ora, vejo-te brilhante..nessa coisa a que chamam ceú..por ora, continuamos em silêncio...como sempre...mas não voltas a esta mísera terra pra me chamar: " menina".
Olha que coisa estúpida! Morte.

Tio!

Como que por não te ver mais aqui, na ilustre terra..tenho a certeza de te ver em cada dia em que toco o ceú. Eternamente,menina.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nem sempre...


"Nem sempre o Homem é um lugar triste..." (in Pino do Verão)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Incoerência?!!!Pertinência?!!


Releio tudo isto que aqui escrevi...em dias que, suponho, submersos já!
Acho-me ridícula, ao reler, agora, todas estas palavras...mas ainda assim meu corpo em uníssono bate uma salva de palmas! Feliz por, em escassos segundos, ver com negros olhos múltiplas cores!
Feliz por, por escassos milésimos de segundo, acreditar que é possível contar em palavras..o "continho de fadas"..a "histórinha da carochinha"...o "joão ratão"...e enfim...ainda há espaço para os "três porquinhos"!
Não percebem a empatia de rompante?! não percebem que descrevo em palavras o que escassas vezes se materializou?! Só brinco e brindo com elas! Tudo isto é VIVER. SER. AMAR. ESTAR. E não, não me venham com filosofias..falo de AMOR, com a estúpida certeza de ser apenas...PESSOA. MULHER! Isso basta para em dias de nevoeiro..despontar um raio de sol..."Uma pátria tem algum sentido..quando é a boca que nos beija..que nos beija..a falar dela.." Venham Cambodjas e Patagónias..Laos..Tailândias..Esquecem que eu voo e brinco..mas minha alma mora hoje e sempre...num Paris qualquer.
Brindemos! Brinquemos! Dancemos!...Muito caminho há ainda para...apenas descrevo imagens, mensagens, palavras, paisagens que, ainda que por segundos, me...pareceram quadro..tela..bela!
É tão simples tudo isto... será que só os poetas entendem as palavras?!! Não creio, ainda, em tal desilusão.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Plantar a tal rosa...


Dois seres pedalando a alma...no...Camboja!

Simplesmente...Camboja.


O Páteo!


Lembro-me em dedilhados de veludo..de uma noite...A Noite!

O páteo era pequeno..tão pequeno...para a multidão de bailarinos! O copo rodava...na mão do cigarro e esse ás vezes..roubava o sentido ao..pára! É Aqui.

...

Pausa

...

Sorriso...o mais belo...em genuinos olhos de...

espera...

É Aqui.

...

Pausa

...

Cetim!

Belos!

..o tango inacabado...o tal..a tal...o shiu...!


Pausa...


A dança..e o toque.

...

Vamos?!

Vamos.

Camboja?!

...

Na mala a tal rosa, por plantar.

Pirosos....!!!

Uma voyeur...enviada eis se não quando. sim pelo anfitrião da noite..Reverendíssimo Santo António! Benzidos..Sentidos..quase prometidos..eu, tu..a dança..o tango inacabado...a valsa lenta...com um pano de fundo: "Mission Impossible"

Será?! Sussuraste-me ao ouvido?! Será?! -Retorqui!...

...a dança continuou...dois esqueletos dançando a alma na multidão do páteo!

-Mágico! Disseste. Mágico.- Retorqui!

Fizemos a mala...pertencemo-nos nos antípodas de um páteo..na noite em que dancei com os teus olhos...na certeza de viver a sentença por ti dada:

"...Porque a felicidade se vive na simplicidade de um páteo..."

Apanho-te agora, para rumar ao animal de grandes asas..barbatanas de um cometa..direcção:

Camboja!


Post scriptum: Falei francês...celaste-me os lábios com o suco de te seres..tão nosso! Fugir?! Porque não...deambulamos á deriva..quem sabe..te..me encontrei.

Dancemos.


solissitações de um miradouro...com rosas brancas e vermelhas!



Por escassas avenidas que vagueavam no vai-vém do sem sentido..rio e é tão sobejamente...bom! Porque não pintar?!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Encarrego-me...



Encarrego-me de ser controversamente pedinte, escrava do que me diz estar aqui. E depois?! Encarrego-me da esquizofrenia saudavél..encarrego-me de brindar, de partir o copo..encarrego-me de escrever cartas..encarrego-me da palavra inacabada..encarrego-me de correr para longe..de ser consubstancialmente amadora da vida...de ser inebriante e dançar..sim encarrego-me de dançar! Pega-me nos braços e eu já não grito...sussurro. só.

Encarrego-me ainda de olhar em ofuscados silêncios, de patinar..de morder..de brilhar...encarrego-me de abandonar a casa e deixar a porta aberta..encarrego-me de estar aqui agora a dactilografar a negro..encarrego-me de sorrir..encarrego-me de bater á porta mas saltar sempre pela janela..encarrego-me de fugir...de ser inconsequente, inconsciente...encarrego-me de...! brindemos! há luz lá fora! Vou pra praia com...Dostoiévski!