quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

NATAL PROCURA-SE!

Viro a esquina da hipocrisia e num corre corre percorro a calçada branca e preta. O colorido e a magia do Natal não os encontro... A presunção grotesca e o materialismo rosa choque deixam-me estagnada em plena praça! Não desisto, contudo! Procuro, procuro. calcorreio todas aquelas ruas. Continuo a andar, no relógio marcam já as 22hoo do dia 23...upsss!! Está próximo?!
Não o vejo...De repente percebo-me atrasada para o que já está a acontecer...

Após minuciosa investigação:
NATAL!
Procura-se: vivo ou morto!
Recompensa avultada!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Teatro ou escorrendo nas veias!


"… A vida não é tão loucamente matemática que apenas os grandes comam os pequenos; até acontece, por vezes, a abelha comer o leão, ou pelo menos, torná-lo louco…"
( Strindberg)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quem comeu metade do meu queijo?!...(hoje só estava lá um quarto!)


"Olha a lua partida ao meio
de tão baixinha que está
quase leva as copas das árvores
e o cabelo dos homens altos

Se eu fosse muito guloso
comia esta lua em forma de queijo.
Olha a nuvem, a nuvem branca
quer tapar o nosso queijo!?
nuvem gorda e sem vergonha
invejosa da luz da lua.
Tu ja viu que esta noite não tem vento?

Olha a lua partida ao meio
se eu pudesse sentava nela
e ficava espiando a terra
e me via olhando ela!"
(há anos que o tenho desconhecendo o autor...
cantam-na M. João e M. Laginha)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Puzzle..de nós!


"Porque é que tanto e tanto de nós são os outros?!"
"Porque é que tanto e tanto de mim são os outros?!"

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Deliciosas pintarolas!!


Uma das guloseimas que sempre me fez esboçar um sorriso gigante, quase quase maior que a "imensidão":)de mim mesma, vem numa espécie de tubinho multicolor...que varia sempre a cor protagonista da tampa!

O logótipo mantém-se e continua a ser um dos grandes atractivos da conceituada marca RAR (Regozijar-se com o Açucarado Redondo)! Na publicidade vemos:"Cada Pintarola é um momento docinho, colorido, e divertido." E no descritivo:"Pastilhas de chocolate de leite com capa de açúcar". Escapei-me como em segredo_ sorrateiramente_ saboreei uma tão doce pintarola!
A três dimensões se expeliram uma paleta de cores...Saboroso!!! hummm!!
Porém, o sabor fica só ali, balbuciando entre os quatros cantos das papilas gustativas!E as elevações do epitélio oral -lâminas próprias da língua- como fiéis inquisidoras, não deixam escapar a vertiginosa efemeridade de tal prazer! Desfazem-se tão velozmente e apresentam um tão escasso conteúdo que...já nem dá vontade de saboreá-las..

upsss!!(tudo explicado)...
Já não quero pintarolas!
Já não sou uma meninaaaa!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vivre!


Quelques fois j'aime parlé en français...car j'adore ecouté la sonorité de ses mots!Je hurle trés fort que la vie c'est pour profiter! J'aime vivre! J'adore toutes les dépistages qu'elle nous présent..Être ici, c'est l'occasion de aimer, dancer, boire et toast la vie, et avec une trés fort densité: être!

I sing..la..la..la...la..la..ra..la..la!!!

Há sons que só se escutam em certos momentos...para cada um desses "agoras" existe uma música...
A eterna banda sonora que nos acompanha, impreterivelmente, neste filme de existir...
Esta, soa-me a Jamaica ou a qualquer espaço onde me possa mover...faz-me dançar com a vida!

Sinto-me furiosamente livre quando danço...a alma faz-me cócegas e brindo sempre com um requintado não sentir nada... é um deixar-me estar! é um aplauso a cada partícula de mim mesma...e sorrio...sorrio..sorrio!!! É bom!! Desmesuradamente bom!

The passenger- (Se somos passageiros!!)
Iggy Pop!

I am the passenger
and I ride and I ride
I ride through the city's backsides
I see the stars come out of the sky
Yeah the bright and hollow sky
You know it looks so good tonight
I am the passenger
I stay under glass
I look through my window so bright
I see the stars come out tonight
I see the bright and hollow sky
Over the city's ripped backsides
And everything looks good tonight
Get into the car, we'll be the passenger
We'll ride through the city tonight
We'll see the city's ripped backside
We'll see the bright and hollow sky
We'll see the stars that shine so bright
Stars made for us tonight
Oh the passenger
Oh how he rides
Oh the passenger
He rides and he rides
He looks through his window
What does he see
He sees the bright and hollow sky
He sees the stars come out tonight
He sees the city's ripped backsides
He sees the winding ocean drive
And everything was made for you and me
All of it was made for you and me
Cause it belongs to you and me
So let's take a ride
And see what's mine
Oh the passenger
He rides and he rides
He sees things from under glass
He looks through his window side
He sees the things he knows are his
He sees the bright and hollow sky
He sees the city sleep at night
He sees the stars are out tonight
And all of it is yours and mine
And all of it is yours and mine
So let's ride and ride


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Porque não!?


E gritar que o mundo é meu!...
e saber que a vida é boa...e fazer o que quero e não quero...e dizer que é bom demais...e viver o agora desmedidamente...e ser feliz com isso..e espremer o prazer de um segundo aqui!!
Porque não?!!!!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

i'm not an addict

No quarto da memória vivem esquissos de sons...
Tanto de mim é música.!Sons do agora, do passado, do futuro. Sons intemporais, sons de passagem, sons de sempre...
Este ecoava há uma década_ num rasgo de recordação_ recrio esse momento:

Breathe it in and breathe it out
And pass it on, it's almost out
We're so creative, so much more
We're high above but on the floor
It's not a habit, it's cool,
I feel alive
If you don't have it you're on the other side
The deeper you stick it in your vein
The deeper the thoughts, there's no more pain
I'm in heaven,
I'm a god
I'm everywhere,
I feel so hot
It's not a habit, it's cool,
I feel alive
If you don't have it you're on the other side
I'm not an addict (maybe that's a lie)
It's over now,
I'm cold, alone
I'm just a person on my own
Nothing means a thing to
I feel alive
If you don't have it you're on the other side
I'm not an addict (maybe that's a lie)
Free me, leave me
Watch me as
I'm going down
Free me, see me
Look at me,
I'm falling and
I'm falling.
It is not a habit, it is cool
I feel alive
I feel...It is not a habit, it is cool
I feel alive


...Espera...


...Vivemos à espera...


Do outro lado!

À dias, senti um prazer que me perfurou até ao âmago...sons que não são de cá, solfejados em pinceladas de doçura...de magia, de rasgo... de paraíso, se isso existe?!Sei que os pés fugiram e fui morar longe...muito longe, a vibração das notas incorporou o batimento do meu músculo vermelho...todas as vísceras sorriram em coro!
Que sensação!! Que inédito momento!! Que felicidade!...Quem sabiamente fora dotado de tal poção, para nota a nota construir um vislumbre de ceú?!
A pincelada foi perfeita. Pintei-me dela. Ao vivo e a cores, derrota qualquer explicação!!
Pateta serei se ousar alguma vez o acto de tentar descrever em palavras, sensações e instintos que não se nomeiam.
Música do mundo! Do outro lado. Sons que não são de cá.

Deixo um pequeno resquisso disso:


Sigur rós!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Chantily com ovos moles!


Chantily com ovos moles! enjoo matinal disforme...Na saqueta do chá escorre o nada e o tudo de uma catarrenhice..
Olho..com olhos em vendo, eis que percebo que o canto do pássaro ecoou muito mais á superfície..
..ficou boiando!

Cartas de amor!


"Poema "
Todas as cartas de amor são
Ridículas.

Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
Álvaro de Campos"

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Heartbeats

One night to be confused
One night to speed up truth
We had a promise made
Four hats and then away
Both under influence
We had defensin
To know what to say
I need some razorblade
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
One night of magic rush
The star just simple touch
One night to push up stream
And then relieve
Ten days of perfect tunes
The colors red and blue
We had a promise made
We were in love
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
And you
You knew you had to fight different
And you
Kept us away with wolf teeths
Sharing different heartbeats
In one night
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough




José González

Arco-íris...


Vermes passeiam...gemem dentro de mim. Monstros que crescem na subjugação de sentidos. Podridão..fede. Secreções sentidas sem vida. Estar bem onde não estamos, querer ir onde não vamos...gerar em nós o que não queremos. Nódulo miserável que se apoderou do meu canto. Deixai-me cantar. Gritar. Para quê tornar mudo o canto de um ser que ama e vive, que sente e crê? Transpirar neste parto de angústia por um anfíbio fedorento! Partícula invisível. Sai.

Furo na cratera.
Rebentei. Explodi. Rasgo.
Furo na bola de sabão!


Natureza suprema que entre a chuva e o sol, o cinza e o azul, permites o mais belo rasgo de cor:
Arco-íris.


domingo, 2 de novembro de 2008

Requeijão com doce de abóbora



Espreito pelo negro cinza o corrimão do arquipélago. Avisto ao longe as várias ilhas de um só mar. Vazios de xisto em purpúrinas. Na boca, o branco estreme, no infinito a abóbora.

Teu cheiro ainda mora no canal Júlio Dinis mas já não sobe ao penúltimo andar.
Espreitamos pela mesma órbita e escolhemos a nossa ilha. Fotografei pelo alto do castelo (por onde agora espreitas), como que para não me esquecer!! Ridícula...como esquecer se qualquer miserável partícula do cérebro a pinta a ouro?!!!
-É aquela. Disse-te eu. - Quero morar ali.
Do outro lado do rio, para nós mar, falava-se espanhol.
Idiomei, ainda assim, que haveria de ser ali. Naquela. Naquele misto. A fusão de planície onde vagueias, neste instante, clama por minha montanha.

Tudo negro.
De cinza, num repente, se pintou o céu.
Hoje, dia de todos os defuntos, fui pôr flores á tua campa. Não via teu rosto, mas saboreava em mim a doce abóbora. Perfeita combinação. Genial fundição.

- É um requeijão com doce de abóbora, se faz favor!

sábado, 25 de outubro de 2008

Apeteceu-me...sei lá porquê?!!

(Heath Ledger- Joker:))

Dormir em dia de guerra...é um bater de palmas à paz!!!
(Que bem o fizeste...! )

Viva la VIDA!!!

Fatel!!
(sabe bem recordar..."Como dizem os Coldplay: Viva la vida"!)

Gigante...



(Deixa-me contar uma história onde não entras...)

Por perto rondam gigantes e o sal, que corre, tempera com o azeite a certeza de um amar maior...efémero, irreal...?!!
Gemido por dentro, encanta-se com o universo onde brilha..., a estrela maior, pintando, a aguarela, o recanto castrado de minha pele.
Foi tornado real um trinta de fevereiro! Arrepio... o BELO!

"Senhores passageiros dentro de momentos chegaremos à estação de..."


Hoje é dia de festa!
No comboio fantasma roçam tumores malignos e as cicatrizes de outrora trazem volume de pena. Aberto a bisturi se vê nitidamente cada ramificação. Glândulas salivares emaranhadas numa troca.
Fim de viagem.
Aterrar não chega. Esculpir em incolor o que era riacho. E deixar no cansaço a humildade de um conto. Soneto de cobre em telhados flanela. Pinceladas de nada na canção do trovador. Cantiga de amigo?
De escárnio e de mal dizer... Com o certo de ouvir-se na campainha, por dentro, a lingua do cego e o fervilhar do ouvido.

Sentido, sem sentido?
Inexistência do tempo quando o tic tac não pega. Esfrega. Acorda.
Em solo de púrpura se sentam todos os que crêem. Pra gritar a liberdade em cavalo de D. Quixote. Mancha? Não mancha. É, ainda, incolor.

Que solfejo e que candura na mão do maestro!
Som virginal..."não vale a pena ir à procura de quem não quer ser encontrado" ...diz um Shakespeare com pena de ganso.

As garras em cimento devolvem a certeza de uma apoplexia qualquer.
Em que acidente oclusivo mora a certeza de ainda escorreres aqui?! Pela janela nada se vê. Contudo, ouvem-se, ainda, gemidos de um vazio castrado em embrião. Certeza de um espectro na irrigação pulmonar. Boca a boca não chega para a tontura encadeante do solstício de inverno. No cristal da cigana ainda não se vê Dezembro e na linha do equador não se percebe, ainda, a tal declinação em latitude. Não chegou a prometida, a maior noite do ano. Que velocidade atroz persegue esta Terra em torno do seu Sol?!

Ouso franzir o sobrolho! E entregar o bilhete ao Sr Pica. O comboio vai cheio. Pela janela nada, ainda. Dia de festa! Bate o latido pungente. Fim de viagem.

"Senhores passageiros dentro de momentos chegaremos à estação de...."

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Existir...


Fecho as janelas azeitona para não ver. Pulsos remendados, com linha pura de seda, cosidos em prol da sobrevivência...Quanta esquizofrenia condensada num só ser?! Um ser real. Pisou a cratera de existir para se dizer maior. Chumbo peganhento, em exame de vida. Sorrateiramente, a um jeito mais que humano, aniquila-se. Porque incomoda...porque fede na secreção dos sentidos. Desdenhar?! Pra quê?! se somos nós a querer, a mendigar o beijo ensanguentado da serpente que cospe o elixir da imortalidade. Antagonismo?!

Qual alquimista sedoso da panaceia que o contenta em solo terrestre. Nem tapete persa...Nem Hipócrates no Olimpo poderá curar esta enfermidade maior: Existir.

...Paris je t'aime...

"Quando te cansares de Paris...é porque te cansaste de viver..."

índios...(versão the gift...) é tão simples...

Quem me dera ao menos uma vez...





...explicar o que ninguém consegue entender...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Crash duas e três vezes...

Uma ou outra vez, queria parar a memória...calá-la. Quebrar o raciocínio lógico e fazer a triagem. Mas uma e outra coisa sempre se asfixiam e acasalam num éter que contrariando a simples forma, possui volume e é detectável...Vejo a olho nu este turbilhão de ligações...colisões. E a carne queimada da explosão de carbono..liga em átomos dispersos um electrão e um protão...a microscópio vemos, bem no centro,no núcleo, o neutrão. Sereno. calado...nem murmúrios se lhe conhecem...Quem dera minha memória ser neutrão...e meu corpo o núcleo onde este mesmo habita. Dorme. Sereno.

Um crash em filme, traz outro filme consigo...era noite a banda tocava, era um solo, talvez...O bar deserto, alguns copos, poucas mesas...nós.

Crash into me (Dave Mathews) Bonito!

crash...e magenta!


Colisão...mil e uma formas de a viver..de a sentir..por dentro.

Vejo cenas no ecrã que me devolvem a certeza de cá estar. Uma cidade gigante, num planeta cheio de cor..onde ninguém se toca. Onde velhos sábios, de idades avançadas, cumprimentam os cães do vizinho..para deles obterem um simples: Boa tarde! Como está!? Um som, um murmúrio..um gemido..um suspiro... pedem tão pouco.

Há palavras tão simples, custa assim tanto expeli-las por entre os lábios que de vermelho arrogante tantas vezes pintamos?! E há tanto em nós. Tanto calor...tanto de tudo...há cores inventadas na paleta do pintor...e há magenta! Haverá sempre o magenta, para mostrar à mão criadora a certeza de uma nova cor..uma cor que sendo já tão peculiar tudo pode misturar e transformar. Onde todos moramos!


Descobri-o hoje, agora. Na esfera de cores, vem nas primárias, cores mãe, cores que não podemos obter através de nenhuma outra... mas a partir das quais, misturando e tornando a misturar, podemos obter todas as cores da natureza...da vida. Porque é que no corropio certeiro da cidade gigante, onde tantas minhocas se movem, não olhamos simplesmente p'ró alto e vemos?! Magenta!

O céu em magenta vem mostrar a certeza de podermos tocar-nos. Colidir.
Crash...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

anestesia...


A chuva chegou e em cada gota me banhei...dancei. A dança da chuva! Feliz, como em terras de outrora, agradeci como dádiva a sua chegada. Devagarinho, cada gota se entornou na alma e da pele brotou o sentir mais tranquilo. O de me saber viva. Assim, só.
Simples, tão simples podem ser as coisas. Poesia molhada em tinta permanente. Poesia cantada liricamente. Há dois dias que não me sinto, contudo. Só hoje a chuva me devolveu a certeza de sentir tudo..os ossos quebrarem, gelarem. Até aqui bailei numa dança coral, espécie de india tribal. Sem medir consequência, me movi, andando daqui para ali...dançando...numa coreografia a dois tempos.

Parei. Percebi. Anestesia total. Não sei como ou quando a tomei mas sentia-lhe os sintomas, as causas.
Provoca: Ausência ou alívio da dor e outras sensações...possíveis alterações das funções vitais. Estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonómicos. Controle da pressão arterial e da frequência cardíaca.

O sentir entrou em coma...a dança parou.
Tudo explicado, portanto.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

where is my mind?!!

procurando, a cada momento, a música perfeita...banda sonora para o filme de existir, hoje, agora...

Ohh, can't anybody see?!!!

Roads... (Portishead)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Hoje só por ser Outono!



Lembrei-me...é já Outono! Dispo-me e balanço entre gotas de um frio quente...

Hoje, só por ser Outono, deixo a letra desta música...

..." E há flores e há cores e há folhas no chão
que podem não voltar...
podes não voltar.
Mas é eterno em nós
e não vai sair...

Desce o tempo e a noite vem lembrar que as tuas mãos
também
já não são de nós para ficar

Por ser tanto quanto somos
Certo quando vemos
Calmo quando queremos
Hoje, só por ser Outono, vou..."

T.B

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Onda morninha...


Passeio sob a implantação da Républica onde cobardes com as sublimes mãos de veludo me acariciam a face! Nas guarnições de Lisboa a revolta foi instalada e a monarquia derrubada. Qual princesa, em castelo de areia a desfazer-se com a onda morninha e doce que eufemisticamente o destrói...

Hoje, são já oito de Outubro e a revolta proclamada deu lugar a uma canção de amor...A meus pés essa mesma onda - suave, morninha e doce - veio morrer. Translucida, parece confortavelmente suspirar... e dela brota o fonema que passa á sintaxe mais perfeita... Viver!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Só...


Lágrima...condimento dos olhos...tempera com o sal a limpidez da percepção..sabe bem prová-la..

God is an astronaut...no doubt!

Porque é que o caminho para casa é sempre o mais bonito?!

Porque é o único.





Fragile...

domingo, 5 de outubro de 2008

Estúpida (in)feliz!


Ouço o "The end" como banda sonora de uma história que não é a nossa.. Porque temi, porque não quis?! Ás vezes quero sair de mim e dançar outro corpo. " O Céu é tão grande!" A lua, em forma de queijo, embala o sufoco deste antagonismo rasgado. Em controversas palavras me movo, por sentir com amor tanto de tudo.

Não quero os sentidos, quero tua voz quente de novo...beijando o cansaço de uns braços prontos a recomeçar. A esperar por ti mesmo que não venhas. A preparar o coração para a tua chegada e blá blá blá...quero a tua poesia, as tuas palavras, quero a melodia quimera, teus negros olhos sendo dois beijos na alma, a outra face da lua...quero o zumbido do mosquitão catarrento...quero vestir-me de cor e deixar-me não conseguir cobrir o meu amor...

Porque não me permito, na lei da sobrevivência um nada e um tudo por um beijo teu?!
Tenho medo de te amar, porque o "The end" não era teu e Aladino fitava o abraço que dei..beijei. É dele o "The end", é minha a confusão, o turbilhão, a ilusão...

Quero parar os sentidos, gelar a sensibilidade do sonho que me leva a ti...sim, a ti. Aladino, neste momento, já não mora aqui...
Limpo as lentes e vejo a raio x, a certeza de amar e não amar o sangue que outrora por um punhal, correu em mim.

Renová-lo seria, se deixassemos, a vontade ensurdecedora de me encher de ti!
Canta.

Baby please go...

Já não durmo. Relativizo a questão crivando aqui meus antagonismos.




Olhos de azeitona, chamavas-me, porque amavas a sombra, o negro, o preto que havia em mim. Rasgaste-me a pele com um beijo de olhar roubado. Pintei-nos. Amaste. Vomitei-me. Amaste. Fui musa e serpente das palavras que beijavas, como eu. Teus versos alimentavam o suor da vida que fundimos em palavras. Mudas, caladas, beijadas, sentidas, dançadas.
Sugaste-me, destruíste em pedaços teus próprios versos. Em paisagens diferentes nos viamos, mas unia-nos a cor...o amor.
Tocava o "The end" por vezes "ôh..ôh..ôhôh ôh....baby please don't go" e dançavamos. Tocavas-me a anca e brindavamos com o nosso sangue, sabias ser mais do que um Romeu e Julieta.
Perguntavas-me sempre e tão romanticamente: " Morrias por mim?!"... em dois passos bailados ia buscar um punhal. Tua pele me secava...em mim deslizava e era , sempre, um: "Até ao fim"!

Poeta maldito de recados gravados a sangue em meu ventre...entraste, pensando nunca mais sair. Trancaste, lançaste fora a chave e juntos brindamos a rir!
Vimos diferente, vimos longe... cada segredo sussurrava o múrmurio de mim mesma, era eu, eras tu. Falavas e escutava-me. Dançava, eras tu que movias...
Nenhuma promessa em nós, tudo era certeza. Riscamos o ponto de interrogação e bebemos a emoção.

O punhal que nos matava por amor...matou-nos um a um, passo a passo sem saber. E agora, o poeta escritor, escreve a letras gordas o meu fúneral. Banal.

Meus olhos de azeitona, em negro, beijam teu rosto pintado. "Baby please...Go!"

Dancing with myself!!



em versão: visão multicolor! gosto do original..mas quero vê-lo a cores!

my state of misery!

Sinto-me mordaz no meu próprio sentir, por isso vou despir-me do vermelho fogo e vestir o tranparente com pedaços de real.

Já vivias no centro esquerdo mas resolvi fazer arrumações (aqui sou mordaz). A casa tinha pequenas poeiras que me provocaram asma. O sufoco rendeu-se mas suicidou-te primeiro. Não gosto de nada desarrumado mas vivo, no fundo, nesta desarrumação que me entorpece a alma. Saí. Fui desesperadamente procurar um supermercado que estivesse aberto...Não era necessário um hiper, bastava até a mercearia. Lixívia, ia comprar. Em qualquer local se arranja, pensei, mas preferia a do "branco mais branco não há". Percorri a avenida.Uff!!! Encontrei.


Achei ter ali a solução aquosa para resolver o meu problema de limpezas. Fui para casa, esfreguei, esfreguei, lavei-me toda com ela, raspei a pele já vi-a sangue, mas a sugidade não saía. Petrifiquei. O cheiro era insuportável. Fragilizei, fui-me deitar, entre tonturas pensei: Fui enganada. Esta lixívia não presta. Não funciona, não lava, não limpa. Peguei no frasco e pude ler: composto químico para limpeza e desinfecção de superfícies, muito utilizada como agente clareador. Possui excelente acção bacteriana. Dissolve substâncias orgânicas mortas.

Aqui percebi, na verdade não havia lixívia capaz de desinfectar, porque eu não queria limpar a superfície, de todo. Estava já no osso, na raíz, em cada víscera. E dissolver substâncias mortas era impraticável, porque tudo era, ali, vida em mim, cada célula, cada batida! Era suposto ser clareador...aclarar, limpar...

Tudo escuro, porém. Tudo negro...O meu centro esquerdo sangrava...dor insuportável de sentir.. Só queria clarificar-te em mim. Quem te mandou ir lá morar, cantar com tua voz esculpida a melodia quimera porque me apaixonei?! Ouço-te agora em voz muda e fria. Sim, foi bom, seria bom...


Tudo tretas, tudo a bosta de se viver sentindo tanto e tudo.
Sou eu quem não quero agora que mores aqui. Sai.

Esfrego de novo, não sais. Raspo, sai sangue, dói. Prefiro assim, arranco-te ao som da tua voz, agora fria, agora neve. Já não me beijas o sangue... e o meu estado é, realmente, miserável.

Nem vale a pena pesquisar, não há lixívia com componentes mais fortes.
Gosto tanto de ti....
Hesita, agora. Fica indeciso, confuso...sai do centro esquerdo.
Quem te mandou morar lá?! Pensava só ter aberto a janela, abri a porta. Entraste quase sem pedir licença, tu que te vestes, sempre, de boa educação. Perdeste as maneiras!?

Quero dormir e acordar feliz...da poeira, do sufoco, da mentira.

Sou feliz! Sou mesmo feliz! Menti-te tão bem, como pudeste acreditar em tais palavras?! Como não pudeste ver?! Não quiseste, talvez.

Saio. Pra comprar creme hidratante!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Estúpida feliz!!!







Deixo-me de surrealismos... São sete da manhã. Acordo sem dormir, tenho que voar para a casa gigante _ com muitas janelas, mas sem portas _ onde mulheres feridas, ferindo espreitam o sonho, de um dia se esgueirarem pela fechadura! Não lhes levo a chave. Pego ao colo os filhos do medo, que em corpos experimentados nunca quiseram ter..Nascem já sem ar. Como se respira numa casa sem portas, desde o ventre virginal?!

Á tarde revejo outras cores...pedaços de chocolate em olhares marginais. Não desisto, porém. É cedo para achar vencidos em tal campo de batalha. Ouço os gritos da barraca sem chave onde moram! Nada a esconder, portanto. Será mais fácil vencer numa colina sem segredos...onde os "cavalos" não contam histórias de encantar...mas os sonhos moram em corações quentes!
Á noite termino com uma Mala cheia de Artes! Brindando ao cálice da vida, sem saco a esconder o que nas tábuas se mostra despido! Quase toco com os dedos o corpo nu de teus sonhos!
Antes de fechar os olhos, há tempo, ainda, para olhar o meu B.I, ou será passaporte?!
O meu nome vem escrito a letras gordas. E lê-se, afinal: ESTÚPIDA FELIZ!

Simples traça...


Esgueiro-me pelo ranhura do móvel...desço á rua onde dançam duas patas, em múltiplas fileiras. Quem mandou um Pessoa, um Almada esquizofrénico de loucura certeira?!.. Génios em ruas Parisienses, com asfalto limpo. Aqui o chão trepida em caganitas de cão..rafeiro. Passo fugaz, num segundo demente, e vejo a pluma vermelha envolta no pescoço, de um palco que contradiz o guardador de rebanhos! Levo um rottweiler, predador ordinário com a arrogância mordaz de um Pacheco qualquer, o Luís..pode ser. Libertinos e muitos, para o tudo sentir de todas as maneiras! Olho de esgueira, na verdade passeio um Maltês, pêlo ridículo que assina: nobreza! Pequeno cobarde, desnatado em sorriso amarelo..mesmo assim é Paris. Um Paris je t'aime! só porque o asfalto está asseado e a neblina tem um quê de crepúsculo...pequena claridade perdurando após o ocaso do sol..mas é declinío, contudo.

Desço os Champs Elysées e vejo que o "Triunfo" ficou para trás. Tinha que subir , mas como se passeio apenas um rafeiro!? O Maltês esquivou-se de soslaio e foi jantar fora! O rottweiler era um nazi alemão. Deixara-me para pôr os pãezinhos no forno de Dauchaus! Uhhh! Arrepio. Vi-me de repente com oito anos, numa visita contente a um jardinzinho bonito de roteiro turístico alemão!Campo de concentração!
Regresso ao asfalto e tropeço no cócó, cócózinho! (vá, soa melhor!) O Pessoa já reza de novo e solta-se uma "Maternidade" perfeita do géniozinho Almada. Silêncio. Abra-se o pano. Ainda tenho a pluma vermelha "qui m'entour le cu"!!! Sim, envolve-me o pescoço e tenho ainda a trela onde passeio o Maltês...que vida de merda, ainda assim. Constato a certeza de não ter nascido em Paris! Génio de cá, pufff!!! calquei a bosta de se estar só, no reino dos nenhures. Também abro os olhos. Ninguém. Quem me manda beber café, em vez do chá das cinco?!

Subo a avenida e volto ao móvel, onde sou simples traça!

Give me the words... in a manner of speaking (Nouvelle Vague!)

Enfeite de Natal!


No relógio batiam as 25 horas de uma noite dormida á pressa, a chuva secou a roupa, cansada de vestir sempre a mesma pele. O telefone não tocou. Tudo mudo. O olhar em redor parecia alcançar a dimensão de uma dança inacabada. A música não se ouvia, mas via dedos pulsarem o piano. Sequências perversas, cósmicas. Enclausurei-me de tais marionetas, em freeze vi-te calar. Cantavas em gritos, a melodia quimera. Seria Natal?! havia um enfeite na janela. Suposições. Estalei os dedos. Cantavas. Em que banda sonora estaria incluído o plano de teu rosto perfeito?! Olhos sugados, molhados, talvez?! Beijaste-me a face com a voz esculpida...não te via, porém. Relativizei o problema. Resolvi pintar-te. Vinhas de negro. Fitei tua boca. Cantavas. Mudo. A melodia beijava-me a pele.

Não houve tempo de abrandar. Despistei-me. Vi as botas, as tais. Aladino passava. Baralhava. Seria a minha vez de jogar?! Não era sueca, eramos só três. Dois, talvez?! Num segundo caiu, ás de copas. Bati. Não recolhi. Aladino suspenso. Breve arranhão na barriga. Já não moravas ali...no centro esquerdo. Somei pontos nessa jogada, mas não mais tive áses.

Olhei para o relógio que não tinha,(nunca tive tempo!)eram zero horas de um dia qualquer. Cantavas. Era uma sueca. Eramos o par. Não quis o desejo da lâmpada mágica, já não queria a tal banda desenhada. Cantavas tu. Sim tu. Beijavas-me o sangue. Ás de copas. Havia, ainda, o enfeite de Natal na janela...mas não via a porta. Já moravas ali. Nada a fazer. Quis a tua quimera, ouvi a melodia, tua voz esculpida, sugaste-me a face...Já te movias. Já eramos dois. Sim, havia um enfeite. Sim, nasceste ali, na mangedoura queimada do vermelho fogo. Sim moras tu, já, no centro esquerdo. Sim, havia um enfeite. Sim, era Natal!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Grey ( Any Difranco)...what kind of paradise am i looking for?




the sky is grey
the sand is grey
and the ocean is grey
(...)
regretfully
i guess i've only got three
simple things to say:
why me?
why this now?
why this way?

minha pele creme. tua chocolate..mesmos olhos, afinal!


Teus olhos escuros vêem, em negro, o céu comum ..meus como os teus, negros, também. Cobardemente, fingia não te ver quando ofuscava as memórias, cravadas nas glândulas de um passado recente que fingia, longínquo... minha pele creme, a tua chocolate, doce afinal! pinceladas diferentes pelo artesão de mão criadora! Deus, sol, universo... Somos diferentes. O negro dos teus rodopia a três dimensões o que vejo com os meus.

Surpreendes-te-me, ao fazeres-me frente, sem me preparar. Já tinha esquecido (melhor, não lembrado!)...parecias tão longe, deixei-te cair já nas águas, quando parti do toque quente que me impuseste..pelo sol que brilhou em ti e me fez querer para sempre viver, miserável. Pensei. Não te queria ver, não te procurei. Egoísta, cobarde...quis meu banho quente, meu leito divino...quis o sorriso hipócrita, manchado de tom grave, sorriso de papão! Ignorei os ratos, as pestes de baratas, o tiro certeiro, a água imunda e o cheiro náuseabumbo..teu corpo sujo, manchado da virgem terra.

Mentira. Ignorei teu brilho..tua pele quente..ignorei a génese, os primórdios dos sentidos. Igonorei o verbo amar. Ignorei a essência, por minha podridão! Cobarde, temi cada tiro...cada passo, tremi até com a grande máquina que a ti me levou. Revolução nos sentidos. Voltei e não te trouxe. Na bagagem só trazia a pressa de chegar...Inutilmente, fugi do paraíso gravado a sangue...do idílico céu. A lua era a mesma, porém. Rejeitei-a. Raspei-te a pele, não saía dor. "Toma é teu, filho!" Não te quis. Não tive coragem.

Tocou para intervalo, acabei de chegar. Mil e uma pedagogias enquanto já me olhavas. Em reino superior me achei, quando abro a porta, olho a sala...tua pele chocolate...teus olhos negros me fitaram.. não me ensaiei, não houve tempo. Estavas ali. Estás aqui. Perdoa-me. Senti.

gosto de gostar... (escrito em 2005...por aí)


Gosto do mar…de gaivotas. Não gosto de hipocrisias. Gosto de abraços fortes, apertados. Gosto de cheiro a maresia, do vento quente das noites de Verão. Não gosto de ruídos fortes quando tento dormir. Gosto que me digam do que gostam. Gosto do meu tom de pele. Não gosto de filas de trânsito, barulho, falta de ar. Gosto de dançar. Gosto de me sentir leve. Gosto de música. Gosto de cheiro a café, mais do que de café. Gosto de cinema. Não gosto de nozes. Gosto da Primavera, de flores. Gosto de saborear. Gosto de conversar. Não gosto de palavras que doem. Gosto de espaço. Não gosto de água gelada a quebrar-me os ossos. Gosto de livros que me façam viajar e que não me deixem parar de os ler até terminar. Gosto da madrugada. Gosto de conduzir só, com o rádio bem alto para poder cantar. Gosto de comboio. Não gosto de esperar. Gosto de ouvir falar francês. Gosto de Paris. Gosto de Lisboa. Gosto do Porto. Gosto da vista da ponte da Arrábida p'ro rio Douro. Gosto das 7 colinas de Lisboa. Gosto do Tejo. Não gosto que toquem à campainha e não respondam. Gosto de dormir. Gosto de acordar cedo. Não gosto de má educação. Não gosto de limar as unhas. Gosto de viajar. Gosto de chá de menta. Não gosto que me liguem sem identificação. Não gosto de desconfiar. Gosto de acreditar. Gosto de especiarias. Gosto de cozinhar. Gosto de pisar o palco, "representar". Gosto de escrever. Não gosto de esperar na fila do supermercado. Gosto de brincar. Gosto de comunicar. Gosto de nadar. Gosto de falar espanhol. Gosto de andar descalça. Não gosto de ervilhas. Não gosto de mentiras. Gosto de ver. Gosto de ouvir. Não gosto de injustiças. Gosto de amar. Não gosto de insinuações. Gosto do Natal. Gosto de improvisar. Gosto de sapatos. Gosto de cor. Gosto de preto. Gosto de sol, luz. Não gosto de dias de nevoeiro. Não gosto de obras nas ruas. Gosto de frutas tropicais. Não gosto de ironias. Não gosto de fixações. Gosto de desporto. Gosto do antigo, gosto do passado, gosto do presente. Gosto do contemporâneo. Não gosto de ficar com os pés dormentes. Gosto de me rir. Gosto de receber cartas. Gosto de celebrar. Não gosto de me esquecer. Não gosto de obrigações. Gosto do azul. Gosto de pormenores. Gosto de surpresas, de fazer surpresas. Não gosto da ignorância. Não gosto de distância. Gosto da verdade. Gosto de estar com os amigos. Gosto de crianças. Não gosto de despedidas. Não gosto de coisas artificiais. Gosto de diferenças. Gosto de arriscar. Gosto de Portugal. Gosto de oferecer presentes. Gosto de soluções. Não gosto de frases habituais, coisas banais. Gosto de perfumes suaves. Gosto de concertos. Não gosto que me buzinem quando acabou de ficar verde. Não gosto de me esquecer das datas de aniversários. Gosto de casas com janelas grandes. Não gosto de andar com guarda-chuva na mão. Gosto de chocolate quente com pastéis de Belém. Gosto de crer. Gosto de tentar. Gosto de gostar.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

quero morar nesse lugar onde o tempo espera e é sempre primavera.!!!




Vasculho no baú deste sótão que habita ali, aquele cantito de mim...vejo e revejo, grito com voz rasgada :onde está?! onde está ela?! A bússola, com a sua agulha magnética na horizontal, suspensa pelo centro de gravidade...a norteadora de todos os navegantes..sinto-me perdida, qualquer álibi não se mostra suficiente... para desabitar e despir este pedaço de dor...confusão...misto de cores em circulo...que se ofuscam como um labirinto onde a certeza de ir pelo caminho correcto não chega...tem de chegar?!!!pulo a cerca e vejo...finalmente, a cor nítida da verdade...de um vermelho fogo..esse que faz perder o norte a qualquer grande capitão!!!e vejo facilmente:"roma" ao contrário!


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Olhos de azeitona em visão multicolor!!


Hesitei no nome...como muitas vezes hesito nas palavras...porque não há um digitalizador da alma...e elas nem sempre vêm impressas como as sentimos.
Sempre beijei as palavras. Pretendo fazê-lo aqui. Da imagem a preto e branco, com que sempre gravo memórias, saem janelas de múltiplas cores. Assim espero, através de uns negros olhos azeitona, trespassar a visão que me assola, "do palhaço que dança na cidade em ruínas", "do menino sem pátria a receber o passaporte para a lua", dos pormaiores que nos fazem, densamente, ser...