Fecho as janelas azeitona para não ver. Pulsos remendados, com linha pura de seda, cosidos em prol da sobrevivência...Quanta esquizofrenia condensada num só ser?! Um ser real. Pisou a cratera de existir para se dizer maior. Chumbo peganhento, em exame de vida. Sorrateiramente, a um jeito mais que humano, aniquila-se. Porque incomoda...porque fede na secreção dos sentidos. Desdenhar?! Pra quê?! se somos nós a querer, a mendigar o beijo ensanguentado da serpente que cospe o elixir da imortalidade. Antagonismo?!
Qual alquimista sedoso da panaceia que o contenta em solo terrestre. Nem tapete persa...Nem Hipócrates no Olimpo poderá curar esta enfermidade maior: Existir.
2 comentários:
Ele segue uma mulher até ao firmamento. Os loucos sonetos elaboram requisitos para a simetria.
Sedento pela estrela do mar, pergunta quais serão as formas verbais para o encontro cósmico que funde a carne, a mente, a alma, num só corpo.
Desfile na Rua do Amor.
Ele fez buracos, rasgos no contínuo e elegante caminhar da deusa. Beija a cicatriz, agora e sempre, com sua lágrima de prata e rouba a noiva da vida no seu mundo sonho.
Os planetas questionam-se como seria estar na sua pele. Seda.
Guarda nela o fresco milagre da surpresa.
O anjo mulher corre através da súbita luz, encontrando a última explicação dentro do seu frasco primordial. Sua fragrância. Sua resposta.
Existir.
Não procures formas verbais..ás vezes tudo está contido no mais puro e simples silêncio...num simples olhar. Na rua do amor caminham todos os que bebem o cálice da vida...todos os que sentem com as vísceras o sôfrego mas ardente, brihante, milagre de estar aqui. Existir. Poesia pura para o poeta de mil e nenhumas palavras...quimera, talvez e apenas.
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