segunda-feira, 13 de outubro de 2008

anestesia...


A chuva chegou e em cada gota me banhei...dancei. A dança da chuva! Feliz, como em terras de outrora, agradeci como dádiva a sua chegada. Devagarinho, cada gota se entornou na alma e da pele brotou o sentir mais tranquilo. O de me saber viva. Assim, só.
Simples, tão simples podem ser as coisas. Poesia molhada em tinta permanente. Poesia cantada liricamente. Há dois dias que não me sinto, contudo. Só hoje a chuva me devolveu a certeza de sentir tudo..os ossos quebrarem, gelarem. Até aqui bailei numa dança coral, espécie de india tribal. Sem medir consequência, me movi, andando daqui para ali...dançando...numa coreografia a dois tempos.

Parei. Percebi. Anestesia total. Não sei como ou quando a tomei mas sentia-lhe os sintomas, as causas.
Provoca: Ausência ou alívio da dor e outras sensações...possíveis alterações das funções vitais. Estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonómicos. Controle da pressão arterial e da frequência cardíaca.

O sentir entrou em coma...a dança parou.
Tudo explicado, portanto.

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