Hesitei no nome...como muitas vezes hesito nas palavras...porque não há um digitalizador da alma...e elas nem sempre vêm impressas como as sentimos.
Sempre beijei as palavras. Pretendo fazê-lo aqui. Da imagem a preto e branco, com que sempre gravo memórias, saem janelas de múltiplas cores. Assim espero, através de uns negros olhos azeitona, trespassar a visão que me assola, "do palhaço que dança na cidade em ruínas", "do menino sem pátria a receber o passaporte para a lua", dos pormaiores que nos fazem, densamente, ser...
Sempre beijei as palavras. Pretendo fazê-lo aqui. Da imagem a preto e branco, com que sempre gravo memórias, saem janelas de múltiplas cores. Assim espero, através de uns negros olhos azeitona, trespassar a visão que me assola, "do palhaço que dança na cidade em ruínas", "do menino sem pátria a receber o passaporte para a lua", dos pormaiores que nos fazem, densamente, ser...
3 comentários:
Sem rancor e sem pudor, declaro minhas mãos brancas, vazias de qualquer desvario teatral ou mentira terráquea que possa assolar as nossas mentes apaixonadas. Constato apenas a verdade, que é bela neste trecho pois ele canta o amor... Assim é possível, através desses negros olhos, trespassar qualquer devaneio, defender qualquer jogo de cintura, abraçar qualquer violência e torná-la mais bonita - ainda violência - só porque compadecida pelo amor... O toque pranteia os seus rasgos mas mesmo assim morreria pela sua infinitude celeste... Nada vive sem a torrente sôfrega que o ser emana na dor e na compaixão para com o que se move à sua volta. Viver é amar, ainda que através de olhos negro - azeitona, pois eles revelarão sempre o seu semblante multicolor.
sem rancor e sem pudor declaro: a certeza de sentir na homoplata o espelho febril, porque vivo, da verdade transparente que lhe corresponde - o tal pulsar vermelho...musculo de infinitas sensações que ganha vida por sentir a batida sismica do que o rodeia..é nós. é gente. e bate e sente...já muito! naturalmente, vem-lhe a compaixão, porque é daqui, da terra dos homens, e a violência...dói-lhe, mas torna-se muda porque é, apesar de tudo e sempre, uma forma de amor...
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